Confira a sinopse da Corações Unidos do Amarelinho
15-09-2012 12:13
Baseado no poema épico Caramuru do Frei José de Santa Rita Durão e no estudo Diogo Álvares, o Caramuru, e a fundação mística do Brasil de Janaína Amado
SINOPSE:
Em 1509, com o objetivo de chegar às Índias, Diogo Álvares parte de Portugal, levando consigo seu espírito aventureiro, sua coragem e a ambição de encontrar fortuna em um novo mundo.
Um naufrágio, no entanto, o trouxe, como único sobrevivente, à costa da nossa Terra de Vera Cruz.
Mais de 500 anos depois, O G.R.E.S. Corações Unidos do Amarelinho, reverencia o herói Caramuru – mito da origem do Brasil e do entrelaçamento de duas nações – e leva para o Carnaval Carioca a saga do homem branco que ao aportar em terras brasileiras, trouxe novas perspectivas para a nossa formação étnica e cultural.
Parte 1 – O Encontro e o Encanto com a Terra de Vera Cruz
Salvo da fúria das águas, o Dragão do Mar (segundo estudiosos, uma das possíveis traduções para o nome Caramuru) desperta em um mundo, para ele, selvagem. A riqueza de nossa fauna e nossa flora o faz suspirar pelas novas terras. Mas, o encanta, sobretudo, a beleza das nativas, nossas índias. Encanto especial lhe traz a bela Paraguaçu, iniciando uma história de amor tropical.
Parte 2 – A conquista do Povo Nativo
No entanto, o náufrago Diogo, feito cativo, certo de ser submetido à antropofagia, veste-se de uma armadura e arma-se com um arcabuz retirados da embarcação que naufragara e dispara um tiro certeiro, matando uma fera da selva.
Diogo Álvares conquista, assim, o respeito e o temor dos índios. Acolhido por uma das tribos Tupinambás – a chefiada pelo grande e sábio Cacique Gupeva, pai de Paraguaçu – torna-se, então, o Caramuru: o Filho do Trovão (outra tradução possível para Caramuru).
Dotado de suas armas, subjugou as diversas tribos tupinambás inimigas, especialmente a do grande chefe Jararaca, maior inimigo de Gupeva.
Parte 3 – Contato com a Europa
Elevado à condição similar a de um rei das diversas tribos Tupinambás, o Caramuru torna-se o maior comerciante internacional de sua época, estabelecendo o comércio do pau-brasil com alguns países europeus e o suprimento de alimentos para navios de corsários franceses e mercadores espanhóis e holandeses que passavam pela costa baiana.
Chegam, mais tarde, à Bahia as primeiras autoridades civis portuguesas – como o donatário Francisco Pereira Coutinho e o primeiro governador geral, Tomé de Souza – e os primeiros jesuítas – como o Padre Manuel da Nóbrega. Diogo Álvares os auxilia, prestando-lhes informações preciosas sobre a terra e a gente do lugar, além de ter-lhes servido como intérprete e mediador junto aos índios.
RUMO A FRANÇA
Saudoso de sua vida na Europa, no entanto, o Caramuru decide embarcar em um navio francês que aportara às costas brasileiras. Leva com ele sua amada, Paraguaçu, e rumam à França de Henrique II e Catarina de Médici.
Recebidos pelos Monarcas, Paraguaçu é batizada, ganhando o nome de Catarina Álvares e, em pomposa cerimônia os dois foram casados.
Diogo Álvares estabelece estreitas relações comerciais com a França
A distância do Brasil, no entanto, torna clara para Diogo a ideia de que sua vida está mesmo aqui.
Parte 4 – De volta ao Brasil – A Aurora do Povo Brasileiro
Diogo e Catarina retornam à América com duas naus carregadas e com artilharia, após se comprometerem a encher as naus francesas de pau-brasil, o que fizeram;
De volta ao Brasil, Diogo ajudou uma nau castelhana que naufragara e durante o episódio deste naufrágio, Catarina pediu a Caramuru que buscasse uma mulher, que viera nesta nau, e estava entre os índios, porque lhe aparecia em visão, e lhe dizia que a mandasse vir para junto a si, e lhe fizesse uma casa.
O Caramuru encontrou uma imagem de Nossa Senhora que um índio recolhera na praia e tinha lançado ao canto de uma casa; Catarina identificou esta imagem como a da visão.
A imagem recebeu uma casa: A Igreja Nossa Senhora das Graças, até hoje existente.
Diogo Álvares Caramuru e a Índia Paraguaçu "Katherine du Brézil" no ano de 1528, em Saint Malo, constituíram a primeira família brasileira documentada, sendo a mais antiga raiz genealógica, no Brasil, da qual descende a Casa da Torre de Garcia D'Avila.
Seus filhos e filhas foram batizados por religiosos, casando-se várias filhas com fidalgos e desta ramificação procederam muitas das melhores e mais nobres famílias da Bahia e do Brasil.
Diogo Álvares, de Portugal, o Caramuru, do Brasil, representa o terceiro elo na formação étnica brasileira, já que o índio e o negro (como comprovaram as expedições arqueológicas do Parque Nacional da Serra da Capivara) já estavam aqui.
Acima de tudo, a vinda do Caramuru para as terras brasileiras representa a introdução da arte de “resolver com amor, sem violência, com alegria, com negociação e congraçamento (por artes do “jeitinho” e da malandragem, da mestiçagem e da democracia racial) os imensos desafios da sua sociedade plural.” (extraído do texto de Janaína Amado).
Enredo:"Caramuru"
Carnavalesco:Renato Bandeira
Confira a sinopse:
ORIGENS:
Baseado no poema épico Caramuru do Frei José de Santa Rita Durão e no estudo Diogo Álvares, o Caramuru, e a fundação mística do Brasil de Janaína Amado
SINOPSE:
Em 1509, com o objetivo de chegar às Índias, Diogo Álvares parte de Portugal, levando consigo seu espírito aventureiro, sua coragem e a ambição de encontrar fortuna em um novo mundo.
Um naufrágio, no entanto, o trouxe, como único sobrevivente, à costa da nossa Terra de Vera Cruz.
Mais de 500 anos depois, O G.R.E.S. Corações Unidos do Amarelinho, reverencia o herói Caramuru – mito da origem do Brasil e do entrelaçamento de duas nações – e leva para o Carnaval Carioca a saga do homem branco que ao aportar em terras brasileiras, trouxe novas perspectivas para a nossa formação étnica e cultural.
Parte 1 – O Encontro e o Encanto com a Terra de Vera Cruz
Salvo da fúria das águas, o Dragão do Mar (segundo estudiosos, uma das possíveis traduções para o nome Caramuru) desperta em um mundo, para ele, selvagem. A riqueza de nossa fauna e nossa flora o faz suspirar pelas novas terras. Mas, o encanta, sobretudo, a beleza das nativas, nossas índias. Encanto especial lhe traz a bela Paraguaçu, iniciando uma história de amor tropical.
Parte 2 – A conquista do Povo Nativo
No entanto, o náufrago Diogo, feito cativo, certo de ser submetido à antropofagia, veste-se de uma armadura e arma-se com um arcabuz retirados da embarcação que naufragara e dispara um tiro certeiro, matando uma fera da selva.
Diogo Álvares conquista, assim, o respeito e o temor dos índios. Acolhido por uma das tribos Tupinambás – a chefiada pelo grande e sábio Cacique Gupeva, pai de Paraguaçu – torna-se, então, o Caramuru: o Filho do Trovão (outra tradução possível para Caramuru).
Dotado de suas armas, subjugou as diversas tribos tupinambás inimigas, especialmente a do grande chefe Jararaca, maior inimigo de Gupeva.
Parte 3 – Contato com a Europa
Elevado à condição similar a de um rei das diversas tribos Tupinambás, o Caramuru torna-se o maior comerciante internacional de sua época, estabelecendo o comércio do pau-brasil com alguns países europeus e o suprimento de alimentos para navios de corsários franceses e mercadores espanhóis e holandeses que passavam pela costa baiana.
Chegam, mais tarde, à Bahia as primeiras autoridades civis portuguesas – como o donatário Francisco Pereira Coutinho e o primeiro governador geral, Tomé de Souza – e os primeiros jesuítas – como o Padre Manuel da Nóbrega. Diogo Álvares os auxilia, prestando-lhes informações preciosas sobre a terra e a gente do lugar, além de ter-lhes servido como intérprete e mediador junto aos índios.
RUMO A FRANÇA
Saudoso de sua vida na Europa, no entanto, o Caramuru decide embarcar em um navio francês que aportara às costas brasileiras. Leva com ele sua amada, Paraguaçu, e rumam à França de Henrique II e Catarina de Médici.
Recebidos pelos Monarcas, Paraguaçu é batizada, ganhando o nome de Catarina Álvares e, em pomposa cerimônia os dois foram casados.
Diogo Álvares estabelece estreitas relações comerciais com a França
A distância do Brasil, no entanto, torna clara para Diogo a ideia de que sua vida está mesmo aqui.
Parte 4 – De volta ao Brasil – A Aurora do Povo Brasileiro
Diogo e Catarina retornam à América com duas naus carregadas e com artilharia, após se comprometerem a encher as naus francesas de pau-brasil, o que fizeram;
De volta ao Brasil, Diogo ajudou uma nau castelhana que naufragara e durante o episódio deste naufrágio, Catarina pediu a Caramuru que buscasse uma mulher, que viera nesta nau, e estava entre os índios, porque lhe aparecia em visão, e lhe dizia que a mandasse vir para junto a si, e lhe fizesse uma casa.
O Caramuru encontrou uma imagem de Nossa Senhora que um índio recolhera na praia e tinha lançado ao canto de uma casa; Catarina identificou esta imagem como a da visão.
A imagem recebeu uma casa: A Igreja Nossa Senhora das Graças, até hoje existente.
Diogo Álvares Caramuru e a Índia Paraguaçu "Katherine du Brézil" no ano de 1528, em Saint Malo, constituíram a primeira família brasileira documentada, sendo a mais antiga raiz genealógica, no Brasil, da qual descende a Casa da Torre de Garcia D'Avila.
Seus filhos e filhas foram batizados por religiosos, casando-se várias filhas com fidalgos e desta ramificação procederam muitas das melhores e mais nobres famílias da Bahia e do Brasil.
Diogo Álvares, de Portugal, o Caramuru, do Brasil, representa o terceiro elo na formação étnica brasileira, já que o índio e o negro (como comprovaram as expedições arqueológicas do Parque Nacional da Serra da Capivara) já estavam aqui.
Acima de tudo, a vinda do Caramuru para as terras brasileiras representa a introdução da arte de “resolver com amor, sem violência, com alegria, com negociação e congraçamento (por artes do “jeitinho” e da malandragem, da mestiçagem e da democracia racial) os imensos desafios da sua sociedade plural.” (extraído do texto de Janaína Amado).